sexta-feira, março 30, 2007

Esquemas Conceptuais

Segundo Rumelhart e Ortony (1977) os esquemas são estruturas de dados que representam conceitos gerais armazenados na memória, como objectos, situações, acontecimentos, sequências de acontecimentos, acções e consequências de acções. Os esquemas são estruturas do conhecimento em interacção e são constituídos por sub-esquemas que correspondem aos elementos constitutivos do conceito a ser representado. A sua função central consiste na construção de uma interpretação de um acontecimento, objecto ou situação. O conjunto dos esquemas de um indivíduo corresponde à sua teoria particular da realidade e ao seu conhecimento; ao serem activados podem os esquemas gerar modelos que são representações incompletas, percepções do mundo, permitindo-lhe explicar e prever alguns fenómenos. Assim tem sido cada vez mais consideradas na aprendizagem as concepções prévias dos indivíduos, que podem facilitar ou dificultar a aquisição e compreensão de novos assuntos. Alguns autores defendem que não se deve simplificar o ambiente de aprendizagem, mas deve manter-se a complexidade dos temas tratados, de modo a que os alunos percebam as suas múltiplas perspectivas. São sugeridos assim ambientes colaborativos de aprendizagem, para que os alunos possam partilhar posições ou perspectivas diferentes, não tendo como objectivo chegar a um consenso, mas desenvolver, comparar e compreender as diversas perspectivas sobre um assunto. O professor assume um papel de facilitador da aprendizagem, promovendo a negociação social do saber nestas comunidades de aprendizagem. Assim os indivíduos são livres de construir a sua interpretação do mundo, desde que coerente com a visão da comunidade e à luz das suas experiências, tendo assim um papel activo na construção do seu próprio saber.

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